terça-feira, abril 24, 2007

Poesia do Orgasmo

De silabas de letras de fonemas
se faz a escrita. Não se faz um verso.
Tem de correr no corpo dos poemas
o sangue das artérias do universo.

Cada palavra há-de ser um grito.
Um murmurio um gemido uma erecção
que transporte do humano ao infinito
a dor o fogo a flor a vibração.

A poesia é de mel ou de cicuta?
Quando um poeta se interroga e escuta
ouve ternura luta espanto ou espasmo?
Ouve como quiser seja o que for
fazer poemas é escrever amor
a poesia o que tem de ser é orgasmo.
José Carlos Ary dos Santos

3 comentários:

osbandalhos disse...

Ary dos Santos fica sempre orgástico a 24 de Abril.

Também te lembraste... Eu também, e sei que tu sabes que eu sei que tu sabes... :-)

Recorrendo a ele, para ele:

Companheiro! É tão forte, é tão viva a tua voz, que nem vida, que nem morte, pode apartar-te de nós.

made in eu

bekas disse...

Jamais deixaria de lembrar Ary dos Santos. Jamais!

É uma honra a tua visita neste meu humilde blog.
Volta sempre.

Olga disse...

Belo poema...boa escolha!