terça-feira, abril 24, 2007

Poesia do Orgasmo

De silabas de letras de fonemas
se faz a escrita. Não se faz um verso.
Tem de correr no corpo dos poemas
o sangue das artérias do universo.

Cada palavra há-de ser um grito.
Um murmurio um gemido uma erecção
que transporte do humano ao infinito
a dor o fogo a flor a vibração.

A poesia é de mel ou de cicuta?
Quando um poeta se interroga e escuta
ouve ternura luta espanto ou espasmo?
Ouve como quiser seja o que for
fazer poemas é escrever amor
a poesia o que tem de ser é orgasmo.
José Carlos Ary dos Santos

domingo, abril 22, 2007


"A música é capaz de reproduzir em sua forma real, a dor que dilacera a alma e o sorriso que inebria."
Beethoven
Na fila do autocarro estavam o pai e todos seus 16 filhos.

Junto deles, um senhor de meia idade, com uma das pernas artificial de madeira.

O autocarro chegou, a criançada entrou primeiro e ocupou todos os bancos vazios.

Os dois senhores entraram e ficaram de pé.

No arranque do autocarro o senhor da perna de pau, com visível dificuldade, desequilibrou-se para trás, e o barulho foi inconfundível: TOC... TOC... TOC...TOC...

Quando o autocarro travou, a mesma coisa aconteceu, agora para a frente:TOC... TOC.... TOC...TOC...

No arranque, novamente: TOC... TOC... TOC...TOC...

E assim foi, por várias vezes.

Num determinado momento, já incomodado com o barulho e, ao mesmo tempo, tentando ser gentil, o pai das 16 crianças disse ao perneta:

- Perdão, mas eu gostaria de lhe fazer uma sugestão. Porque não coloca uma borrachinha na ponta do pau ? Com certeza vai diminuir o barulho e incomodar menos a todos.

Imediatamente, o perneta respondeu:

- Agradeço a sugestão, mas se o senhor também tivesse colocado uma borrachinha na ponta do seu, há alguns anos atrás, estaríamos todos sentados, numa boa...


MINISTERIO DA SAÚDE ADVERTE: "USE BORRACHINHA"

quarta-feira, abril 18, 2007

IRA



Não gritem, dialoguem.
Não se enervem, compreendam.
Não se zanguem, sorriam.

Estão há 3 horas no IC19? Pensem noutra coisa.
Estragaram-vos a roupa na lavandaria? Pensem noutra coisa.
No café, enganaram-se no troco? Pensem noutra coisa.

"Pensar noutra coisa é o principio da civilização."

Evitem a ira.
A ira é a doença mais antiga do Mundo e potencia todas as doenças de possamos padecer. É um erro de racionalidade. O resultado da ira extrema é a insânia, e por isso há que evitá-la, não tanto por obediência à moderação, mas para conservar a sanidade mental.
Então, porque nos irritamos?
Porque temos expectativas (optimistas) que não são cumpridas. O sangue ferve em pouca água e mais tarde lamentamo-nos por não termos tido calma e sensatez. Irritamo-nos por nos termos irritado.
Temos que compreender e aceitar as barreiras inevitáveis da vida e impostas pelo Mundo. Em vez de embate deverá haver uma espécie de encosto à parede da realidade. Aceitar e compreender que tudo nos poderá acontecer, é fundamental para vivermos em paz.
As chaves perdem-se, o computador avaria-se, paga-se a mesma multa 3 vezes, os hospitáis enchem-se, o homem da bomba da gasolina deixa a mangueira no carro e arranca-se na mesma, o carro fica sem bateria logo pela manhã, mete-se a pala para a baixo e zás, tem-se um acidente... enfim, talvez por não estarmos preparados para tudo, seja imperativo minimizarmos a importância das coisas, de facto menores.
Viveríamos muito melhor.

terça-feira, abril 17, 2007

PENSAMENTO


"Quando um Homem não sabe a que porto se dirige, nenhum vento lhe é favorável"
Séneca

COMO NASCE UM PARADIGMA!

Um grupo de cientistas colocou cinco macacos numa jaula, em cujo centro puseram uma escada e, sobre ela, um cacho de bananas. Quando um macaco subia a escada para apanhar as bananas, os cientistas lançavam um jacto de água fria nos que estavam no chão. Depois de certo tempo, quando um macaco ia subir a escada, os outros enchiam-no de pancada.Passado mais algum tempo, mais nenhum macaco subia a escada, apesar da tentação das bananas. Então, os cientistas substituíram um dos cinco macacos. A primeira coisa que ele fez foi subir a escada, dela sendo rapidamente retirado pelos outros, que lhe bateram. Depois de algumas surras, o novo integrante do grupo não subia mais a escada. Um segundo foi substituído, e o mesmo ocorreu, tendo o primeiro substituto participado, com entusiasmo, na surra ao novato. Um terceiro foi trocado, e repetiu-se o facto. Um quarto e, finalmente, o último dos veteranos foi substituído. Os cientistas ficaram, então, com um grupo de cinco macacos que, mesmo nunca tendo tomado um banho frio, continuavam a bater naquele que tentasse chegar às bananas. Se fosse possível perguntar a algum deles porque batiam em quem tentasse subir a escada, com certeza que a resposta seria:
" Não sei, as coisas sempre foram assim por aqui... "

De vez em quando, devemos questionar-mo-nos porque determinadas coisas se fazem ou não!

segunda-feira, abril 16, 2007

NÓS JÁ FOMOS CRIANÇAS


Para quem já tem mais de 25 anos...faz pensar que até tivemos sorte.... Olhando para trás, é difícil acreditar que estejamos vivos. Nós viajávamos em carros sem cintos de segurança ou air bag. Não tivemos nenhuma tampa à prova de crianças em frascos de remédios, portas ou armários e andávamos de bicicleta sem capacete, sem contar que pedíamos boleia. Bebíamos água directamente da mangueira e não da garrafa. Gastámos horas a construir os nossos carrinhos de rolamentos para descer ladeira abaixo e só então descobríamos que nos tínhamos esquecido dos travões. Depois de colidir com algumas árvores, aprendemos a resolver o problema. Saíamos de casa de manhã, brincávamos o dia inteiro, e só voltávamos quando se acendiam as luzes da rua. Ninguém nos podia localizar. Não havia telemóveis. Nós partimos ossos e dentes, e não havia nenhuma lei para punir os culpados. Eram acidentes. Ninguém para culpar, só a nós próprios. Tivemos brigas e esmurramo-nos uns aos outros e aprendemos a superar isto. Comemos doces e bebemos refrigerantes mas não éramos obesos. Estávamos sempre ao ar livre, a correr e a brincar. Compartilhámos garrafas de refrigerante e ninguém morreu por causa disso. Não tivemos Playstations, Nintendo 64, vídeo games, 99 canais a cabo, filmes em vídeo, surround sound, telemóveis, computadores ou Internet. Nós tivemos amigos. Nós saíamos e íamos ter com eles. Íamos de bicicleta ou a pé até casa deles e batíamos à porta. Imaginem tal uma coisa! Sem pedir autorização aos pais, por nós mesmos! Lá fora, no mundo cruel! Sem nenhum responsável! Como conseguimos fazer isto? Fizemos jogos com bastões e bolas de ténis e comemos minhocas e, embora nos tenham dito que aconteceria, nunca nos caíram os olhos ou as minhocas ficaram vivas na nossa barriga para sempre. Nos jogos da escola, nem toda a gente fazia parte da equipa. Os que não fizeram, tiveram que aprender a lidar com a decepção... Alguns estudantes não eram tão inteligentes quanto os outros. Eles repetiam o ano! Que horror! Não inventavam testes extras. Éramos responsáveis pelas nossas acções e arcávamos com as consequências. Não havia ninguém que pudesse resolver isso. A ideia de um pai para nos proteger, se desrespeitássemos alguma lei, era inadmissível! Eles protegiam as leis! Imaginem! A nossa geração produziu alguns dos melhores compradores de risco, criadores de soluções e inventores. Os últimos 50 anos foram uma explosão de inovações e novas ideias. Tivemos liberdade, fracasso, sucesso e responsabilidade, e aprendemos a lidar com isso.

Se és um deles, parabéns!

domingo, abril 08, 2007


Numa época em que dar as mãos já não é suficiente ... unem-se os pés, pode ser que resulte ! ! !